sexta-feira, 2 de março de 2007

Grupo dos oito


Sem nunca, e em hipótese alguma, desmerecer a história e cultura dos outros Estados brasileiros, até porque somos filhos da mesma terra e hoje vivemos sob a mesma regência política e social, gostaria de falar sobre um fato que, na minha singela ótica, foi uma realização que, mesmo sem maiores pretensões, seus executores obtiveram a felicidade de externalizar um sentimento incipiente dentro de cada Gaúcho à época e, desde então, observar esse carinho e orgulho do Gaúcho seguir crescendo imensuravelmente e a olhos vistos.

vou me permitir abrir um parênteses para exemplificar o que acabo de escrever.
Será que me engano ao citar que os Gaúchos entoam seu Hino Estadual em celebrações oficiais e até em estádios de futebol ? sejam Colorados ou gremistas, torçam pelo juventude ou pelo XY de campo bom, os versos invariavelmente ecoam sonoros e emocionados por cada palmo de chão, estejam esses onde estiverem. Isso sem falar no glorioso Pavilhão que e ostentando na maioria dos nossos veículos. Fechado o parênteses.

Cito como o Movimento Tradicionalista começou, ou como foi plantada essa semente que brotou e continuou dando frutos ao passar nos anos. No mês de Agosto de 1947, na capital Gaúcha, povada na época, também, por estudantes oriundos do meio rural, eclodiam idéias de revitalização da cultura sul-riograndente no ambiente urbano, pois esses Gaúchos mantinham fortes laços com sua origem e, dessa forma a estariam perpetuando. Um forte e respeitável centro de ensino, o Colégio Júlio de Castilhos abrigava alguns estudantes com essa característica, entre eles o jovem Paixão Cortes que, empreendedoramente, fundam um Departamento de Tradições Gaúchas no próprio colégio onde estudavam. Essa idéia foi aos poucos tomando corpo e adeptos e como consequência direta surge a chamada Ronda Crioula, que extendia-se do dia 7 ao dia 20 de setembro.

Graças a conivência do Major Darcy Vignolli, responsável pela organização das festividade da "Semana da Pátria", foi retirada uma centelha do Fogo Simbólico da Pátria para transformá-la em Chama Crioula com o intuito de reinterar a união do Rio Grande à Pátria, extendendo as festividades do dia 7 ao dia 20 de setembro, data magna do Estado do Rio Grande do Sul. Na oportunidade, Paixão recebeu o convite para criar uma corpo de guarda de Gaúchos pilchados em honra ao herói da Revolução Farroupilha, David Canabarro, que seria transladado de Santana do Livramento para Porto Alegre.

Para atender o inusitado e honroso convite, reuniu-se com oito companheiros e montaram um piquete e, todos muito bem pilchados, em 1947, mais precisamente no dia 5 de setembro, prostraram-se orgulhosos numa homenagem a Canabarro. Esse piquete ficou conhecido como o Grupo dos Oito (Piquete da Tradição). Foi semente para a criação do "35" CTG. Os precursores, em ordem alfabética são:

Antônio João de Sá Siqueira,
Cilso Araújo Campos,
Ciro Dias da Costa,
Cyro Dutra Ferreira e
Fernando Machado Vieira,
João Carlos Paixão Cortes,
João Machado Vieira,
Orlando Jorge Degrazzia.

juntou-se a eles também o inesquecível e saudoso Barbosa Lessa.

pesquise sobre a história do RS. todos crescemos com isso...


truco adelante !!

5 comentários:

Cleverson disse...

Muito bom... Confesso que não sabia dessas coisas e concordo quando tu diz que todos crescemos com isso... Conhecimento nunca é demais.

[]'s

Andre Almeida disse...

Muito bom!
Só a educação e conhecimento pode fazer um povo evoluir.

Muito bom! (de novo)

Abraços

Anônimo disse...

muito bem contada a história mas gostaria de fazer uma pequena correção: foi em setembro de 1947 e não em agosto....

um abraço da tradicionalista Mychelle Drum do CTG Marco da Tradição

Anônimo disse...

Tambem gostaria d fazer uma pequena correção ele não fundou um centro de tradições gauchas no próprio colégio e sim na casa dos pais d um rande amigo ...

Barcellos disse...

postadas as correções e obrigado pela observação meu amigo. Se puderes continuar cooperando eu te agradeço. Poderias t identificar no post.
Com meu Cordial Aperto de Mão