Autor: Alexandre Faccioni Barcellos
EU TE CEVAVA MORENA, AOS
BEIJOS EM ALGUM MATE
NUMA BOMBA ONDE A SAUDADE
SE FAZIA MINHA PARCEIRA
E QUE GRATA E CABORTEIRA
É A VIDA DE UM TEATINO
POIS, POR BRINDE DO
DESTINO, NÓS DOIS ATAMOS CARREIRA
É O BRILHO DESSES OLHOS
QUE ME ENCANTA E ENFEITIÇA
E O TEU CORPO QUE ATIÇA
MINHA MAIS LOUCA VONTADE
DOMANDO ESSA ANSIEDADE
BUSCO REFÚGIO E ME ABRIGO
ESTANDO JUNTO CONTIGO ACOLHO
FRAGILIDADE
O TEMPO... AHH ESSE
TEMPO, ALGOZ DE TODOS DESTINOS
PRA NÓS COMO CLANDESTINOS
ELE MOSTRA SUA FORÇA
POR MAIS QUE A VIDA
DISTORÇA E IMPECILHOS NOS BOTE
NÓS SABEMOS NOSSO NORTE E
NOSSA VONTADE REFORÇA
TEU JEITO E TEU SORRISO,
ESSE TEU CHEIRO MORENA
PERFUME DE TUA MELENA QUE
ME EMBRIAGA NEGRINHA
A TUA FALA MANSINHA AGUÇA
O MEU OUVIDO
E OLHA, JÁ NÃO DUVIDO, QUE TE CONSIDERO MINHA
truco adelante !!
cevar: preparar o chimarrão (mate amargo característico do Rio Grande do Sul). No sentido figurativo cevar denota aguardar, esperar, espreitar.
bomba: utensílios utilizado na cuia de chimarrão para sorver a água
teatino: pessoa sem posses
atar carreira: entrar em acordo
melena: cabelos
Um comentário:
Flor de Bagual!
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