Autor: Alexandre Faccioni Barcellos
PASSA O TEMPO, PASSAM-SE MADRUGADAS CAMPEIRAS
NESSAS NOITES SERESTEIRAS DE LUA ALTA ALUMIANDO
NOS CONFINS DESSE MEU PAGO VOU COM O PALA EMBARGADO
DE SAUDADES CABORTEIRAS
CRUZANDO ESSES CORREDORES ACOMPANHAM VAGALUMES
A ILUMINAR PENSAMENTOS REMINISCÊNCIAS PERDIDAS
QUE VAGUEIAM CLANDESTINAS, ORIGINÁRIA VERDADE
DONA PLENA DA SAUDADE, SENTIMENTO DE DOIS GUMES
AO CAMPEREAR COMPANIA, REPARO NA IMENSIDÃO
E DE UM ASTRO O CLARÃO QUE ME INDICA O CAMINHO
ILUMINANDO SOZINHO ME MOSTRANDO O AMANHÃ
COMO ESTRELA PAGÃ INDIFERENTE AO DESTINO
O VENTO QUE ME ACOMPANHA, INSÓLITA NATUREZA
TRAZ-ME DE VOLTA A BELEZA EMALANDO POESIA
DESSA FIGURA ARREDIA QUE POVOA PENSAMENTOS
E ACOMPANHA ESSES MOMENTOS DE EXTREMA FANTASIA
ASSOVIANDO LEVA O PERFUME DE UMA FLOR MADRUGADEIRA
DESSAS QUE A VIDA INTEIRA GASTO O TEMPO A PROCURAR
SENTINDO ESSE AROMA ADOCICADO DE ESPERA
FAÇO DE RANCHO TAPERA CAMPEREANDO TE ENCONTRAR
truco adelante !!
alumiando - iluminando, clareando
embargado - embaraçado, atravancado
caborteiras - indomáveis, arredias
Corredores - estradas
vagalumes - pirilampos
tapera - casa abandonada
campeireando - percorrendo o campo em busca de alguma coisa
3 comentários:
Esse poema me passa um sentimento de alguém que está de viagem e não sabe o que vai encontrar no fim dela, muito menos o que espera de tudo, nem o que quer.
E no final mostra que é sobre o amor, uma mulher. E que durante a viagem vai encontrando vestígios deste amor.
sou até suspeita em falar...
mas como sempre...
achei mto legal o q vc escreveu.
Parabéns mais uma vez.
Oi, obrigada pela sua visita, comentários e adição.
Um abrço,
Cristiana de Barcellos Passinato
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